domingo, 24 de abril de 2016

“COM GOLPE, BRASIL MOSTRA AO MUNDO QUE SUA DEMOCRACIA É UMA FARSA“

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O escritor português Miguel Souza Tavares afirma que "as oito horas de votação na Câmara de Deputados para destituir Dilma Rousseff tiveram função demolidora para a imagem do Brasil no mundo"; "Entre os povos livres e civilizados, a ideia que passou é que o Brasil é mesmo um país do Terceiro Mundo, onde a democracia é uma farsa e a classe política um grupo de malfeitores de onde está ausente qualquer vestígio de serviço público", diz; ele faz ainda uma dura crítica ao PMDB: "O partido que comanda o golpe e mais espera dele vir a se beneficiar, o PMDB, é o exemplo acabado de tudo aquilo que a política não deveria ser"

247 - O escritor português Miguel Souza Tavares afirma que "as oito horas de votação na Câmara de Deputados para destituir Dilma Rousseff tiveram função demolidora para a imagem do Brasil no mundo".
"Entre os povos livres e civilizados, a ideia que passou é que o Brasil é mesmo um país do Terceiro Mundo, onde a democracia é uma farsa e a classe política um grupo de malfeitores de onde está ausente qualquer vestígio de serviço público. Entre os países do verdadeiro Terceiro Mundo, alguns dos quais bastante mais bem governados do que o Brasil, a ideia do país como potencial líder do grupo dos emergentes caiu por terra com estrondo: perante aquele indecoroso espetáculo transmitido em direto para o país e para o mundo, as hipóteses de o Brasil alcançar o ambicionado lugar de membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas só podem ter sido seriamente comprometidas", afirmou Tavares em artigo publicado no jornal Expresso.
Ele defende o respeito à democracia. "Não está em causa saber se Dilma governa mal ou bem: governa mal e devia sair pelo seu pé. Não está em causa se o PT esgotou o seu tempo e devia dar hipótese de nascença a um novo ciclo político: sim, devia, e Lula — a quem o Brasil tanto ficou a dever — faria bem melhor em remeter-se às palestras e nada mais. Já não está em causa sequer saber se há fundamento jurídico e constitucional para a demissão da Presidente: não há, o processo é puramente político e, nesse sentido, o impeachment é, de facto, um golpe, levado a cabo pelos derrotados das presidenciais. Mas em democracia os governos são julgados em eleições e ninguém tem culpa de que na absurda Constituição Brasileira, que tenta a fusão impossível entre o presidencialismo à americana e o governo à europeia, não existam as figuras da moção de censura ou de eleições antecipadas (uma lacuna que deriva diretamente do igualmente absurdo sistema político que faz com que o Presidente e chefe de Governo nunca tenha maioria num Congresso onde convivem 26 partidos, mais uma série de fidelidades regionais e sectoriais)", ressalta.
Tavares também é duro contra o PMDB. "O partido que comanda o golpe e mais espera dele vir a se beneficiar, o PMDB, é o exemplo acabado de tudo aquilo que a política não deveria ser".

quinta-feira, 31 de março de 2016

Poder Judiciário implanta APAC em Matelândia




Durante uma cerimônia, nesta terça-feira (29/3), foi implantado o Método Apac (Associação de Proteção e Assistência aos Condenados) na Comarca de Matelândia, no Oeste do Estado.
O Método Apac se diferencia do sistema carcerário atual na questão financeira e no que se trata à recuperação de detentos. Custando apenas um quarto do sistema atual, a Apac tem um índice superior a 90% de não reincidência. O índice de ressocialização do sistema convencional não alcança 14%.
A Juíza de Direito da Comarca de Barracão, Branca Bernardi, que coordena a implantação das Apacs no Paraná, afirmou que a Comarca de Matelândia está muito bem organizada para receber a novidade.
Ela informa que a participação popular na audiência pública que discutiu o assunto foi muito grande, bem como de diversos setores, como empresários, advogados, policiais e funcionários públicos.
“Isso demonstra o grande interesse de todo o povo da Comarca de Matelândia. Essa participação popular é fundamental, eis que a própria Lei de Execução Penal enfatiza que a sociedade é parte integrante do processo de ressocialização”, disse a Juíza.
Ela destacou a agradeceu aos servidores e magistrados que participaram da solenidade. “Em especial, agradeço ao Presidente do Tribunal de Justiça do Paraná, Desembargador Paulo Roberto Vasconcelos, que contribui imensamente para a divulgação e implantação das Apac paranaenses", afirmou a Juíza.
O Juiz de Direito responsável pela Comarca de Matelândia, Rodrigo Dufau e Silva, falou sobre a importância da implantação da Apac na região. " Os resultados altamente positivos para a comunidade, com baixos custos e altos índices de ressocialização, enfatizam a importância de todos nós, autoridades e população, conjugarmos esforços para a realização desse grande ideal", disse o magistrado. “Certamente a Apac constitui o futuro da execução da pena”, comentou.
Pioneira -
No Paraná, a cidade de Barracão foi pioneira na instalação da Apac, onde a Juíza Branca Bernardi comanda as atividades da mesma desde novembro de 2012. O método, que se dedica à recuperação e à reintegração social dos condenados a penas privativas de liberdade, existe desde 1972 e iniciou em São José dos Campos/SP.
A aplicação do método é realizada por funcionários da Apac, bem como por voluntários, e as atividades diárias incluem desde fazer o café da manhã e limpar o chão até fazer cursos de empreendedorismo.
A cerimônia de implantação da Apac em Matelândia foi prestigiada por inúmeras autoridades locais. Entre elas, os Prefeitos de Matelândia, Rineu Menoncin, e de Céu Azul, Jaime Basso, os Juízes Carolina Marcela Franciosi Bittencour, Renato Henriques Carvalho Soares e Marcelo Gomes Feracin e o Promotor de Justiça Guilherme Lapa Werner. 


  

 

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

LULA PODE SER ALVO DA LAVA JATO NESTA SEXTA-FEIRA

www.brasil247.com

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Força-tarefa da Operação Lava Jato estaria preparando uma nova etapa da investigação que teria como alvo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, segundo informações que circulam entre parlamentares do PT; pelo que se comenta em Brasília, não se trata da prisão do ex-presidente, mas sim de uma operação de busca e apreensão no sítio do empresário Jonas Suassuna em Atibaia, interior de São Paulo, que era frequentado por Lula e sua esposa, Marisa Letícia; nos últimos dias, procuradores estiveram em Atibaia supostamente preparando esta nova fase; vazamento teria ocorrido porque equipes de comunicação, especialmente da Globo, Estado e Abril, já teriam sido alertadas para se deslocar para Atibaia

247 – De acordo com informações que circulam em Brasília, a força-tarefa da Operação Lava Jato estaria preparando para esta sexta-feira 5 uma nova etapa da investigação que teria como alvo o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva.
Não se trata, no entanto, da prisão do ex-presidente, segundo o que se comenta entre parlamentares do PT, mas sim de uma operação de busca e apreensão no sítio do empresário Jonas Suassuna em Atibaia, interior de São Paulo, que era frequentado por Lula e sua esposa, Marisa Letícia.
Nos últimos dias, procuradores da força-tarefa da Operação estiveram em Atibaia supostamente preparando esta nova fase. O vazamento antes da data da deflagração do que seria a 23ª etapa teria ocorrido porque equipes de veículos de comunicação, especialmente da Globo, do Estado de S. Paulo e da Abril, já teriam sido alertadas para que se deslocassem para Atibaia.
A última fase da Lava Jato, chamada de Triplo X, já se aproximou de Lula ao começar a investigar apartamentos do Condomínio Solaris, localizado na praia de Astúrias, no Guarujá, litoral paulista. O ex-presidente obteve uma cota para a compra de um desses imóveis, mas a devolveu no fim do ano passado à OAS, empreiteira que passou a ser responsável pelo empreendimento, após dificuldades da Bancoop.
Recentemente, Lula tem sido alvo de uma série de reportagens na imprensa envolvendo tanto o apartamento no Guarujá quanto o sítio em Atibaia, que teria sido reformado pela Odebrecht, empreiteira investigada na Lava Jato. As reportagens relacionam os dois episódios com recebimento de propina por parte do ex-presidente no esquema de corrupção da Petrobras.
Lula tem negado, uma a uma, as reportagens e seu envolvimento em irregularidades. É a expectativa desta nova fase que alimenta o linchamento promovido pela Globo nos últimos dias, em que o Jornal Nacional tem dedicado blocos inteiros contra Lula e colunistas têm sugerido a prisão do ex-presidente, como Carlos Alberto Sardenberg e Caio Blinder.