terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Parto na Água: em Foz do Iguaçu, Paraná



Fotos Nilton Rolin / Itaipu Binacional


Parto não é doença. Então por que a gestante tem que ser hospitalizada e compartilhar enfermarias em pavilhões onde há risco de infecções?
As duas fotos acima mostram um momento digno de comemoração. O Hospital Ministro Costa Cavalcanti (HMCC) de Foz do Iguaçu realizou, há pouco, os dois primeiros partos na água na Terra das Cataratas. É possível que tenha sido os primeiros do Paraná. Será?
A foto de baixo que, na organização do blog é a primeira, vemos o pequeno Lucas, recebendo os primeiros afagos da mãe Maria Candelaria Ríos Irazábal que acabava de chegar ao mundo via parto normal em uma banheira aquecida a 37°(graus)centígrados ou seja temperatura do corpo humano.
Lucas Vinicius Ríos da Silva, chegou e "desembarcou" na água, sem choque, não levou tapinha na bunda para respirar e não passou pelo trauma misturado com agonia para chorar o seu primeiro choro. O cordão umbilical que uniu o Lucas à mamãe por nove meses foi cortado sem pressa e só depois dele estar deitadinho sobre o busto da mamãe que naquele momento já sorria com satisfação, a Dra.Glaucia supervisionada pelo Dr. Lucas Barbosa da Silva, cortaram o córdão até então, tão vital.
Vamos por parte: o Dr. Lucas Barbosa da Silva do Hospital Sofia Feldman de Belo Horizonte esteve em Foz do Iguaçu para dar um curso de procedimentos seguros (chamado Also) para equipe multidisciplinar do HMCC. A ginecologista Gláucia Menezes contou que a banheira para partos é um dos equipamentos que o Ministerio da Saúde está exgindo das novas e futuras maternidades e daquelas antigas que pensam em reformas. É o caso HMCC. Desde 2003 o Hospital Costa Cavalcanti planejava a reforma que materialzou-se em 2008. Na véspera da reforma, saiu uma norma do Ministério da Saúde exigindo adaptações nas estruturas de maternidades para, por sua vez, adaptar-se ao conceito de Parto Normal Humanizado. Um deles é aquele que eu usei para abrir esta postagem: parto não é doença. Inlusive, na entrevista que me concedeu, o Dr. Luiz Barbosa da Silva disse que, segundo números da Organização Mundial da Saúde, somente 20% ou 30% dos partos exigem a presença de um médico. Voltando a Dra Gláucia, ela disse que entre as mudanças, estão: as área de parto dos hospitais devem ser isoladas do resto do hospital em si. A área exclusiva para atender gestantes deve ter um PPP ou seja uma área integral onde os três Ps (Pré-parto, parto e pós-parto devem acontecer. Espera, acompanhamento, parto e pós deve acontecer em uma área interligada e exclusiva. Opcionalmente, as áreas de parto, podem ter ainda uma sala "ambulação"* onde a gestante possa dar passos, caminhar, rodar. Como há barras de ferro na parede (como aqueles em escolas de dança)as mulheres podem se exercitar. Há também uma sala especial para atendimento fisioterepêutico que entre outras coisas possui aquelas bolas para execícios com acompanhamento de fisioterapêutas. A banheira para parto é um equipamento opcional - ou seja o HMCC poderia não ter construído a sua ate por limitação de espaço físico. Mas anda bem que o HMCC construiu a banheira onde nasceram Lucas Viniciu Ríos da Silva e a pequena Emily. Nenhum dos dois segudo a nada. Ele é o primeiro menino e ela a primeira menina - ou ainda pensando alto - o primeiro casal bebês a nascerem pelo método inteligente do "parto na água" http://blogdefoz.blogspot.com/

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