Beto Richa 'esquece' de conversar com deputados. Foto: E Bressan.
governador Beto Richa (PSDB) deverá enfrentar nesta semana uma primeira rebelião na Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP). Por enquanto, a crise ainda está submersa nos bastidores.
Não se trata, porém, de uma desavença “intramuros” causada pela disputa na mesa diretora da Casa. Pelo contrário. O confronto que se desenha opõe diretamente governo e deputados.
Os parlamentares ensaiam uma sublevação suprapartidária porque eles estariam sendo preteridos na distribuição de espaços (cargos) no governo.
Muitos deputados do PMDB, por exemplo, já ensaiam oposição ferrenha ao tucano. Os peemedebistas estão ameaçados de perder indicações que têm, principalmente, nos cargos regionais para os apetitosos colegas aliados de Beto (parlamentares do DEM, PSDB, PPS, PP, etc.).
Até fevereiro, quando boa parte do governo estará composta no 2º e 3º escalões, a tendência é que dos treze deputados do PMDB apenas 4 ou 5 permaneçam afinados com o governador do PSDB.
A fissura política também atinge a base governista, ou seja, os deputados que eram considerados do primeiro time de Beto Richa. Em protesto, muitos deles não compareceram ontem à cerimônia de posse do tucano.
O blog contabilizou a presença de doze parlamentares no evento de transmissão de cargo. A Assembleia possui 54 deputados.
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