quinta-feira, 20 de maio de 2010

Réu condenado a pena recorde em Santarém

O júri popular aplicou em sessão ocorrida ontem (13) a maior sentença conferida a um réu na comarca: 69 anos e 8 meses de reclusão, pelo crime de homicídio qualificado.

Evaldo Sievert, o “Alemão”, foi condenado por participação na chacina de três membros da mesma família, em junho de 2005, em Mojuí dos Campos.
O promotor Rodrigo Aquino atuou na acusação, e a sessão foi presidida pelo juiz Gerson Marra Gomes.
O réu foi defendido pela defensora Emilgrietty Silva.
O outro acusado do crime, Vilson Vicente Ferreira, o “Gaúcho”, já foi julgado e condenado a pena de 65 anos de reclusão.
As vítimas, Josceli Carlos Friemel, que tinha 37 anos, a esposa Adriângela Rodrigues, 28 anos e a mãe, Frieda Friemel, com 71 anos, naturais do estado do Paraná, foram mortos a tiros de espingarda numa emboscada em junho de 2005, no ramal do Carrapichal, em Mojui dos Campos. Após o crime o réu fugiu para Matelândia-PR, onde foi capturado.
Na sessão, o réu negou a participação no crime, mas caiu em contradições apontadas pela promotoria. A execução teria sido encomendada por motivo de herança de terras no estado do Paraná, sendo o suposto mandante Dari Lorenzonni, já falecido, cunhado da vítima Josceli.
Para executar o crime, “Alemão” e “Gaúcho” recebiam dinheiro do mandante, na conta de uma terceira pessoa em Santarém, que não teve participação nas mortes.
Meses antes do crime, os assassinos vieram para Santarém e ficaram hospedados numa pousada na Rodovia BR-163. Nesse período, compraram a arma e estudaram a rotina das vítimas, acabando por matá-las em uma emboscada na estrada. Na aplicação da pena, o juiz considerou o motivo torpe, já que o réu recebeu dinheiro para praticar os crimes, e a dificuldade de defesa das vítimas.
As penas foram individualizadas.
Pelos homicídios de Josceli e Adriângela, foram aplicados 22 anos por cada morte. Pela morte de Frieda, o réu recebeu 25 anos e oito meses, pela vítima ser maior de 60 anos, totalizando 69 anos e oito meses de reclusão em regime fechado, a serem cumpridos na penitenciária Silvio Hall de Moura, no Cucurunã.

Fonte: MP do Pará/Baixo Amazonas

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